quinta-feira, 18 de agosto de 2011

HISTÓRIAS DE MINHA TERRA NATAL, PIRACAIA

-Todos piracaienses de nascimento ou adoção, leram ou escutaram dizer que a fazendeira Dona Leonor
de Oliveira Franco foi a fundadora de nossa cidade em 1817

-Mas vou relatar a história de nossa Piracaia, desde sua fundação, até os dias de hoje;escrevendo-a de uma
maneira simples, de acordo com minha cultura.
-Hoje, dia 23 de Julho de 2011,vemos a nossa magnifica Igreja da Matriz ,a maior atração turística de

Piracaia , tendo em sua frente uma bela praça de eventos, cujo nome é "Praça Santo Antonio".
-Nossa Igreja esta fechada , pois esta sendo reformada graças a Comissão da Reforma, composta por abnegados cidadãos , e os devotos de nosso padroeiro, não aos mentirosos politicos daqui e de fora que prometeram isso e aquilo e nada fizeram,
A "bela praça de eventos", não pode mais ser chamada de bela, pois esta em completo esquecimento pela atual administração publica, e o pior, pelos atuais Vereadores, pois a Câmara Municipal esta localizada no
local, eles
vêem e nada fazem.(é uma vergonha),,( alias, peço desculpas a eles, pois como podem ver, se entram e saim
pela porta do fundo do prédio, eles e os funcionários)
Como piracaiense fico revoltado e triste, justo a praça que outrora foi um jardim," cheio de flores", citarei um
trecho das reminiscencias de um de  nossos  escritores,: Dr. Afonso de Carvalho : IN  ÍLLO  TEMPORE, como
se diz nos Evangelhos, O largo da Matriz, representa o coração e a força de PIRACAIA..
Mas antes de sua fundação, este local era uma roça de milho e feijão pertencente a fazendeira Dona Leonor
de Oliveira Franco,cuja propriedade tinha grande extensão de terras, não existindo nem uma simples cabana
até as longínquas posses dos lavradores que confrontavam com a imensa fazenda.

-A devota fazendeira tinha um desejo imenso de homenagear Santo Antonio de Padua, intercessor de uma
graça alcançada ,decidiu conceder ao Santo aquele terreno, mandando erigir uma capela para fundação de
uma vila, como sempre falava entusiasmada aos parentes e amigos., "meu sonho é fundar uma vila"
Em um dos dias do ano 1817, na sede da propriedade localizada nas proximidades da vila Nossa Senhora
de Nazaré, chamou seus filhos mandado-os convidar todos os vizinhos e parentes para se encontrarem no
terreno que ia ser erguida a capela, que tanto sonhava..
No dia marcado sabendo que todos os convidados estariam presentes, reuniu seus escravos e familiares e
seguiram para lá,em charretes, carros de boi, cavalos e a pé, levando as ferramentas,pratos ,panelas, colheres, um barril de aguardente, carne de um boi,que tinha sido sacrificado no dia anterior, batata, couve,
sal, pimenta e muitos pães e farinha de milho.
Chegando no local marcado, encheu-se de alegria,pois todos os convidados estavam presentes, e logo em
seguida após uma reza, iniciaram a empreitada, que durou o dia todo, tendo parado apenas para saborear o afogádo, que tinha sido preparado com muito carinho pelas cozinheiras.
No entardecer, todos os presentes estavam reunidos emocionados em frente a rustica capela que
acabaram de construir, tendo ao lado uma pequena torre de madeira, coberta por sapé,em que
estava pendurado um sino,que o devoto Waldir Aires tinha presenteado.
Todos muitos alegres, alguns chorando de emoção, principalmente Dona Leonor, que derramando
lagrimas entrou na capela, tendo em seus braços a imagem de Santo Antonio,colocando-o no altar
com o sino batendo, e palmas e gritos de VIVA SANTO ANTONIO, pelos presentes.
Após esta cena,voltaram a comer o afogado,acompanhado por goles da pinga, e musica do seu sobrinho, o
violeiro Ismael Mathias de Oliverira ,até pelas meia noite,voltando depois para suas casas, com a satisfação
estampada nos rostos, pelo dever cumprido,principalmente nossa fundadora,que teve o cuidado de
deixar um casal amigo, "Ildefonso e Cecilia com seus filhos", para cuidar da capela,morando em
uma rustica cabana que tinha sido construída ao lado.
Antes de voltar para sua casa,Dona Leonor avisou todos que a inauguração da capela, seria no
dia 13 de Junho,devido ser o dia comemorativo à Santo Antonio de Padua, mas infelizmente precisou ser transferido para o dia 16, pois o Padre que ia celebrar a missa somente poderia
vir naquele dia.
No dia 16 de Junho, todos estavam presentes com suas melhores roupas,sendo que alguns até sapatos e sapatões calçavam, coisa muito rara naquela época, a espera do Padre desde  6 .horas da manhã,
, que chegando lá pelas 7,30 horas, foi recepcionado com o sino batendo e rojões, confeccionados e soltados pelo fogueteiro Marcos Soares, conhecido pelo apelido de Chú
Foi celebrada a Missa com muita emoção  pelos presentes, principalmente pela nossa fundadora, que após
a realização da mesma deu-se inicio as festividades , com musicas dos violeiros e sanfonas , regada ao
apetitoso afogado, e muito aguardente, e caldo de cana .
Estas festividades durou até o anoitecer, com muita alegria,principalmente pela nossa fundadora, que tinha
tornado seu sonho em realidade, fundado sua vila que se transformou em nossa PIRACAIA

Bem,esta foi a primeira da história de nossa cidade, contada de minha maneira simples em relatar fatos,
se gostaram ou não, favor fazer comentários a respeito, pois irei continuar escrevendo , a partir deste relato,
histórias de nossa cidade.






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3 comentários:

  1. eu ja to te seguindo meu amigo e amando suas lindas historias de nossa querida Piracaia.

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  2. Desculpa, pois coloquei ao digitar a data errada de sua fundação, é 1817

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