domingo, 10 de abril de 2011

Memórias do SENHOR PEIXEFRITO n* 02

- Em um sabado a  tarde do ano passado  ( 2010 ), estava conversando com amigos na praça da Matriz,
quando foi ligado a "corneta" localizada em cima do telhado da casa em que funcionava o serviço de auto falante-
 " A  VÓZ DE PIRACAIA ", mas....infelizmente o som, a vóz da radialista e as musicas eram apenas uma
caricatura do que foi nas décadas de 40,50 e 60, quando éra dirigido pelo seu fundador Walter Puccinélli
Walter , tinha como profissão uma barbearia que abriu quando mudou-se para Piracaia, mas como éra um
homem de grande visão e criatividade, um amante das artes, principalmente de musica, adquiriu um aparelho
de transmissão e algumas cornetas e fundou o serviço de auto-falantes "A Vóz de PIRACAIA ".
Nas décadas citadas, nossa cidade éra bem pequena, ia do armazem do Dito Pinheiro, até o armazem do
Gato Preto, hoje em dia a loja de auto-peças My Car.
Devido seu tamanho, o serviço de auto-falantes éra escutado por toda cidade, então todos os avisos da Pre-
feitura, funebres  e das festas eram realizados por ele, ( Vejam como foi útil para Piracaia a criação dele.
Naquelas décadas, poucas residências da cidade tinha um simples radio, então o que dizer de uma vitróla,
um toca-discos, mas graças ao Walter, nos sabados e domingos a noite, tinha-mos o prazer de escutar belas
musicas, e sempre sucessos, pois ia sempre a São Paulo,e trazia os discos atualizados.
As cornetas eram bem distribuidas na praça, de forma que o som éra suave, e a vóz dele éra ótima, que nos
dava prazer em escutar.                      ---Quase tudo naquela época se concentrava em volta da Igreja da
Matriz, Prefeitura, bancos, clubes, cinemas, coletoria federal, rodoviária , melhores bares etc, e aos sabados
e domingos a noite, as familias,e os jovens se reuniam no local, escutando belas musicas.
Os pais dos jovens e as crianças ficavam no meio da praça,  e os jovens circulavam em volta dela em senti-
dos contrario, as moças de um lado, e os rapazes ao contrario, que as convidava para assistir a segunda
sessão do cinema, em que iniciava-se namoro, que muitas vezes transformava em casamento.
O Walter éra muito criativo, pois até programa de calouros realizava em seu pequeno estudio, no que éra
um sucesso, e tinha também a resenha esportiva pelo J.Moreira.
Escrevendo estas notas bate uma saudade daquele tamanho, e o pensamrnto de"como éra bom este tempo",
parecendo que todos os habitantes da cidade éram felizes, as amizades sinceras, sendo deficil descrever
tamanhas alegrias.               "QUE  SAUDADES".
Ao terminar este artigo, parabenizo os autores do projeto que colocou o nome do WALTER, ao Centro
Cultural, pois foi merecido por tudo que fez por nossa PIRACAIA

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